A dominatrix é uma figura central no universo do BDSM, representando a autoridade e o controle dentro de dinâmicas de poder consensuais. Atuando como a dominante em uma relação de submissão, a dominatrix é responsável por guiar, disciplinar e explorar os desejos e limites de seu parceiro. Neste post, vamos explorar o papel da dominatrix ou domme, suas técnicas e como ela se encaixa no mundo do BDSM e dos fetiches no sexo.
O Que é uma Dominatrix?
Ser uma dominatrix é mais do que um simples fetiche; é um papel complexo e envolve um conjunto de habilidades específicas. Muitas pessoas praticam o BDSM como uma forma de explorar seus desejos, limites e fantasias. Pode ser uma forma emocionante de criar uma conexão mais profunda com um parceiro, desde que haja comunicação, respeito e consentimento mútuo.
O termo “dominatrix” combina “dominante” (a pessoa que exerce controle) e “atrix” (um sufixo feminino usado para indicar uma profissão ou papel). A dominatrix tem o papel de liderança, responsável por guiar e dirigir a experiência BDSM de acordo com as preferências acordadas entre ela e seu submisso.
Dominatrix significado
O que é uma dominatrix?, que também é conhecida como dominadora, ProDomme ou Domme, é uma mulher (cis ou trans) que exerce o papel dominante em práticas BDSM.
As dominadoras, portanto, podem ter qualquer sexualidade, e seus submissos, por sua vez, podem ser de qualquer gênero. Ser uma dominatrix, no entanto, não envolve necessariamente dor física em relação ao submisso. O domínio, além disso, pode ser apenas verbal e psicológico, envolvendo tarefas consensuais humilhantes, disciplinadoras ou de servidão.
Técnicas Comuns Usadas por uma Dominatrix
Uma dominatrix utiliza diversas técnicas para estabelecer controle e criar experiências intensas para seus parceiros. Aqui estão algumas práticas comuns:
- Disciplinar e Punir: Usar métodos como o spank, amarras e comandos verbais para manter o controle e impor regras.
- Role-Play: Encenar cenários específicos que exploram fantasias, como professor-aluno ou chefe-secretária.
- Controle Sensorial: Manipular os sentidos do parceiro através de vendagens, amarras e estímulos variados para aumentar o prazer e a expectativa.
Ferramentas e Acessórios
- Máscaras e Vendagens: Usadas para criar uma sensação de mistério e aumentar a excitação ao privar o parceiro de um ou mais sentidos.
- Algemas e Cordas: Usadas para restringir o movimento e intensificar a sensação de submissão.
- Palmatórias e Chicotes: Ferramentas para impacto que ajudam a variar a intensidade da disciplina e do prazer.
A palavra dominatrix é geralmente associada à garotas de programa que realizam serviço pago de dominação. O termo é pouco usado fora do contexto de serviço profissional dentro da comunidade BDSM. Originalmente, a profissão de dominatrix surgiu como uma especialização dentro de bordéis.
Como ser uma dominatrix
A origem da dominatrix, portanto, se dá na antiga Mesopotâmia, nos rituais da Deusa Inanna, entre os séculos 1 e 6 d.C. No entanto, no século 18, as “Disciplinadoras de Bétula” anunciavam seus serviços no livro “Fashionable Lectures” (“Palestras da Moda”). Nesse período, cerca de 57 mulheres, incluindo atrizes e cortesãs, mantinham uma sala com varas e chicotes, onde cobravam de seus clientes um guinéu por “palestra.” Algo semelhante, além disso, ocorria na Charlotte Street, em Londres, que era destinada a lordes bem-sucedidos no século 19.
O bordel era comandado pela grandiosa senhora Theresa Berkley (rainha do spanking) que inventou e sofisticou diversos instrumentos (chicotes, bastões e afins) pra castigar e punir sua clientela exclusiva.
Ser uma dominatrix requer mais do que apenas usar roupas provocantes; envolve habilidades de comunicação, empatia e compreensão das necessidades e limites do submisso. Para ser uma dominatrix, é importante estudar e compreender as técnicas de BDSM, aprender sobre limites de segurança e desenvolver uma conexão de confiança com os parceiros.
DOMME
Relação da Dominatrix com o BDSM
Dentro do BDSM, a dominatrix é crucial para a dinâmica de poder entre dominante e submisso. Sua função é explorar e manipular o controle e a submissão de maneira consensual e segura.
Comunicação e Consentimento
Antes de qualquer sessão, uma dominatrix estabelece comunicação clara com seu parceiro, discutindo limites, desejos e palavras de segurança. Esse planejamento é essencial para garantir que as práticas sejam prazerosas e seguras para todos os envolvidos.
Aftercare
O aftercare é o cuidado necessário após as sessões para assegurar o bem-estar físico e emocional do parceiro. Isso pode incluir conversas sobre a experiência, cuidados físicos ou momentos de relaxamento para reforçar a conexão e a confiança.
A relação entre uma dominatrix e práticas como a podolatria (fetiche por pés) e o uso de chicotes está relacionada à dinâmica e aos elementos presentes em muitas relações BDSM (Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo).
A dominatrix, portanto, pode incorporar diferentes práticas em suas interações BDSM, dependendo das preferências de seus submissos e da dinâmica que eles desejam explorar. A podolatria, por exemplo, é um fetiche onde o foco está nos pés, e muitas dominatrix usam essa prática para exercer controle e excitação sobre seus submissos. Elas, além disso, podem permitir que seus submissos adorem, beijem, massageiem ou até mesmo sejam dominados pelos pés, incorporando a podolatria como parte de seu repertório dominante.
Domme e chicote
O uso de chicotes, cordas, palmatórias e outros instrumentos de impacto, portanto, é comum nas práticas da dominatrix. Esses elementos, além disso, são usados para criar sensações intensas, provocar prazer e exercer autoridade sobre o submisso. O chicote, em particular, pode ser usado para jogos de disciplina, spanking (palmadas) ou como uma representação simbólica do poder da dominatrix sobre seu submisso. A sensação do chicote, tanto física quanto psicológica, permite que a dominatrix controle e guie a experiência de forma consensual.
As roupas Domme estilo femme fatale, feitas de couro ou látex, remetem, de fato, ao século 20. No entanto, não existe um registro confiável sobre uma vestimenta oficial das dominatrixes em séculos anteriores. Sabemos, entretanto, que o corset continua presente até os dias atuais. Além disso, grifes conservadoras e marcas renomadas como Gucci e Versace já se inspiraram em roupas fetichistas para celebrar semanas de moda em importantes passarelas do mundo. E, por hora, é isso!
Seja como uma expressão de fantasia sexual ou como parte de uma relação consensual de BDSM, ser uma dominatrix é uma jornada que exige conhecimento, habilidades de comunicação e respeito mútuo.
Se você está interessado em aprender mais sobre o papel de uma domme ou sobre o BDSM em geral, existem recursos educativos, livros e sites especializados que podem oferecer informações valiosas. No entanto, é importante observar que o respeito pelos limites e pela privacidade das pessoas envolvidas é fundamental.